Expedição
São Paulo / Caldas Novas / Jalapão / Lençóis / Jericoacora
PLANEJAMENTO
Período da Viagem 17/01/2014 a 17/01/2015
Estamos seguindo com nossa filha de 2,5 anos, assim não existirá deslocamentos acima de 1000 km.
Primeiro ponto foi encontrar uma passagem de milhas razoável para o retorno, com horário adequado na chagada em Fortaleza para despachar o jipe e sobrar tempo pegar o avião sem muita correria, essa passagem saiu 20.000 milhas por cabeça.... dia 17/01. Foram compradas com 4 meses de antecedência.
Feito isso o próximo passo foi deixar a patroa escolhe o réveillon, uma semana em Caldas Novas, achei muito tempo mas era o pacote do hotel e não tinha muito o que fazer, essa primeira parte da viajem é lazer, descanso, tranquilidade e ralax..
A parte aventura começa a partir deste ponto..
ORIGEM: São Paulo, SP
DESTINO FINAL: Fortaleza, CE
DISTÂNCIA TOTAL PERCORRIDA: Aproximada 4500 km
COMBUSTÍVEL: 477.47 litros - R$ 1122,05
PEDÁGIOS: 10 - R$ 73,10
Passando pelos estados: SP - MG - GO - TO - BA - PI - MA - CE
Saida Dia 26/12 - Chegada 17/01
Principais Cidades / Pontos Turísticos
Caldas Novas
Jalapão
Lençóis Maranhenses
Jericoacoa
Trecho SP - Rio Quente (Caldas Novas)
Este trecho foi tranquilo, saímos cedinho de SP, preparei o Jipe na véspera, como fomos de Troller o espaço é pequeno então foram duas malas no teto que tive que tirar diversas vezes na viagem.... rs, mas faz parte, no inicio o processo de arrumação das malas demorava 1 hora, no final em poucos minutos ja estava tudo pronto para seguir... Fizemos o percurso em pouco mais de 8 horas, fui o tempo todo com o Waze ligado e funcionou muito bem, me deixou na porta do hotel.
Estrada boa, quase toda duplicada, apenas quando chega próximo caldas novas vira pista simples, mas bem sinalizada e o asfalto no geral aceitável...
Ficamos no Hotel Pousada, que fica dentro do parque aquático ou complexo, não sei como chamam o local, mas com certeza NÃO pode ser chamado de um Resort assim como vendem o pacote.
Nosso hotel que se chama Hotel Pousada (isso foi uma confusão na minha cabeça no inicio) é um hotel bem antigo, de 1970 que foi reformado, foi o primeiro do complexo que esta mais próximo das piscinas mais tranquilas, a localização dele realmente é boa, mas é só, os quartos são apertados, os banheiros mais ainda, o ar não gelava bem, wifi quando funcionava era pior que discada, o restaurante razoável servindo variações da mesma comida todos os dias, os funcionários achei todos mal humorados... resumindo não foi uma boa escolha de hotel.
Conversando com outros hóspedes que são frequentadores anuais todos me falaram a mesma coisa "antes era melhor, não sei o que aconteceu mas caiu muito a qualidade este ano", em compensação o parque aquático (hot park) é legal, mas nos fim de semana ficam insuportáveis de cheio, como nosso pacote era de 7 dias, aproveitamos o parte durante a semana que foi bem melhor.
nesses dias conseguimos almoçar no hotel apenas os dois primeiros dias, os demais fomos para Caldas Novas ( que é outra cidade pra quem não conhece, o complexo fica em Rio quente que é uma cidade que foi emancipada de caldas novas em 1980 se não me engano...) aproximadamente 30 km de distancia, tem bom restaurantes o melhor são dois o Nonna Mia e outro que não lembro o nome, mas todo mundo conhece, só perguntar.
A ceia de virada de ano foi diferente de tudo, exclusivo para quem pagasse a parte, foi excelente, ótima comida, musica bacana, ambiente bom, tudo ótimo, nem parecia o mesmo hotel.. Depois fomos para a Praia do cerrado (dentro do hot park) carregamos um espumante oferecido pelo hotel, teve queima de fogos e uma show com musicas bacanas... achei excelente, sem duvida foi o ponto alto da primeira etapa...
De modo geral, achei bacana conhecer Rio quente, a água é transparente e muuuito quente, tão quente que as vezes vc quer uma piscina de água fria para refrescar, mas não tem rs, o Hotel deixou a desejar no espaço e hospitalidade, não me hospedaria novamente e não recomendo, talvez seja melhor ficar em flats fora do complexo.
Saindo do Rio quento, o destino foi Jalapão, devido a distancia planejamos esta etapa com uma parada na cidade de Gurupi, até Gurupi foram 800 km de jipe ja é tempo suficiente para uma parada para o descanso.
Seguimos quase todo percurso pela BR-153, os primeiros 300 km com pista dupla bem sinalizada, os demais pista simples, mas foi relativamente tranquilo, sem grandes novidades, este trecho tambem foi guiado pelo app Waze que funcionou muito bem.
Guripi é uma cidade relativamente grande com algumas opções de hospedagem, acredito que mesmo sem reserva não é dificil achar vaga para dormir..
Ficamos no Hotel Veneza Palace, recomendo, quartos reformados, piscina wifi, ar split, garagem coberta e fechada, nem tiramos a mala do teto... isso nos poupou alguns minutos na saída.
Saindo de Gurupi no dia seguinte após café da manha, o destino foi Mateiros-To que é a principal cidade de no deserto do Jalapão.
Daqui por diante não contamos mais com o waze, faltam estradas e ele não consegue traçar a rota, fomos na base do mapa 4 rodas e GPS do celular mesmo.
Essas foram as principais cidades que passamos saindo de Gurupi-TO
GURUPI -- Aliança do Tocantins -- Brejinho de Nazaré -- Porto Nacional -- Monte do Carmo --Pte Alta do Tocantins -- MATEIROS
Muitos caminhões na BR-153, mas saímos dela em Aliança do Tocantis, onde pegamos a TO-070 que para minha surpresa o asfalto muito bom, nenhum caminhão, vigem tranquila.
Chegamos em Ponte Alta do TO, onde almoçamos e tocamos direto para Mateiros são 170 km de estrada de terra com muita costela de vaca e alguns trechos de areia, fizemos em 3 horas, 3 hora e meia... não lembro bem.
Recomendo para quem vai ao Jalapão pousar ao menos uma noite em Ponte Alta, para ir até a cachoeira da Fumaça, pedra furada e outras da região que ficam no máximo 90 km de distancia, se for direto para Mateiros - To terá que rodar 170 km + 90 km isso ida e volta é uma tortura, nós fizemos isso e não recomendo, saimos de Mateiros as 9:00 da manha para cachoeira da Fumaça e retornamos as 1;00 da manha, muito cansativo, isso pq em alguns pontos chegamos a rodar a 70 km/h nas costelas de vaca....
Abaixo algumas Fotos..
Uma noite em Ponte Alta e tres ou quatro em Mateiros são suficientes para conhecer tudo, cachoeiras, fervedouros e etc...
Na cidade de Mateiros a infra estrutura para comida é pequena, mas tem muitos mercadinhos, se quiser comer uma comida caseira, arroz, feijão, bife e batata vá no restaurante da Dona Rosa, fica na rua da praça, proximo uma venda de gelo, na frente esta construindo o restaurante, vá até os fundos da obra que vai encontrar a cozinha da dona Rosa, comida boa preço bom e um bom papo.
Restaurante D. Rosa..
Mateiros tem dois postos de combustível, todos tem Diesel-S10.
Ficamos em uma das melhores pousadas, se chama Santa Helena, quarto grande, ar condicionado bom, a única da cidade que tem piscina, um amigo ficou na Pousada Penela de Ferro e também gostou, acho que são as duas melhores..
Mateiros - Prainha Dunas Jalapão
Ponte alta do TO - Mateiros Pousada Santa Helena
Mateiros - Trilha Serra Espírito Santo
Teresina - Paulino Neves - Barreirinha
Barreirinhas a Cardosa descida de boia - Lençóis Maranhenses
Os dias no jalapão foram ótimos, muito calor, convívio com a natureza, imagina que apareceu um filhote de jararaca praticamente na recepção da pousada, foi aventura pura.... mas o melhor ainda estava por vir na saída do Jalapão e destino Lençóis..
Não sabia ao certo o melhor caminho para Bom Jesus que era nossa próxima cidade dormitório antes de Teresina e Barreirinhas. Apesar de ter traçado a rota saindo de Mateiros para Bahia não sabia se era possível mesmo, pq esta rodovia que aparece no google não aparecia no meu mapa 4 Rodas 2014/2015, e isso me deixou preocupado.
Consultei um pessoal que faz expedição que estava na pousada e me disseram que eu não conseguiria sair pela Bahia, a rodovia existia mas era precária e se eu não conhecesse bem a região seria arriscado, pois bem, eu estava sozinho com minha esposa e filha de 2 anos se desse algum problema na vtr não tinha um suporte de ninguém.
Me indicaram a saida por São Félix e em seguida ir subindo, uma volta danada e eu perderia minha programação, então consultei a voz da supremacia, o ser iluminado e poderoso, o único ser vivo no planeta que poderia dar sinal verde para esta aventura onde que se eu arriscasse sair pela Bahia desse algo errado eu não iria ouvir uma reclamação, MINHA ESPOSA.
Ela disse simplesmente, VC CONFIA NO CARRO?
Ai eu pensei no meu guincho, pá, macaco hi-lift, pneu BF, pensei em todas as vezes que visitei meu mecânico antes de me aventurar trocando tudo que talvez possa dar algum problema, todas as horas que andei pesquisando como melhorar o jipe e deixar tudo 100%........ respondi SIM! Então pé na estrada! huhuuu
Mais uma aventura ao desconhecido.
Saímos bem cedo no dia seguinte, tecnicamente era uma puxada de 500 km, tranquilo, mas como não sabiamos o que iríamos encontrar eu estava psicologicamente preparado para 8 ou 10 horas de estrada.
Seguimos a rua principal de Mateiros, sempre reto, foi isso que nos passaram, e assim fomos... aos poucos o aspecto estradinha de terra passou a virar estradinha de fazenda e quando vimos estávamos sozinhos em meio quiilometros e quilometros de plantação se soja (se não me engano).
Na saida do Jalapão passamos por areia, água e terra, muitos quilometros sem encontrar ninguem pelo caminho. Sempre sozinhos, ninguém na frente ou atras, nada, parecia deserto, eu estava meio tranquilo por que estávamos em uma plantação, e alguma hora alguem tinha que aparecer para cuidar disso, o jipe estava com o tanque cheio 70 litros, dava para rodar uns 600 km no minimo, então eu pensava não é possivel rodar 600 km e não encontrar nada e tínhamos água, comidinhas e muitos DVDs de desenho para a pequena Julia.
Depois de uma hora rodando encontramos um pessoal cuidando da plantação e fui perguntar, fiquei meio apreensivo por que estávamos rodando em terra particular (era o que parecia), na verdade não sabia bem, meio confuso. Os agricultores me disseram que o caminho estava certo, eu tinha que virar a direita seguir até a mata, depois esquerda seguir reto até passar uma pequena ponte e depois só tocar em frente...
A partir deste momento eu fiquei bem mais aliviado, o caminho existia e eu estava nele... ótimo... seguimos em frente, até encontrarmos uma rodovia com asfalto e muitos buracos, muitos buracos, melhor esplicação seria uma rodvia com buracos e algum asfalto.
A cidade mais próxima, ponto de referencia, era Corrente, então liguei o GPS do celular com destino Corrente para minha surpresa ele me traçou uma rota onde pegava um "atalho" e conseguia desviar da rodoriva esburacada, não tive duvida segui o GPS... ERRO GRAVE.
Seguimos uns 20 km seguindo a rota do GPS por uma estrada de terra....
Depois de alguns km vimos uma placa (Corrente 46 km), pensei estamos no caminho, rodamos mais um pouco e fui percebendo que não tinha mais placa, o caminho sumiu do GPS, foi então que me dei conta que não foi uma boa seguir o GPS, afinal a rodovia esburacada era uma rodovia e com certeza sairia em algum lugar, então encontramos alguns trabalhadores e perguntei sobre o caminho para Corrente.
A resposta foi: Esse caminho não existe ja fazem uns 5 anos, desabou e não desce mais por aqui, nem moto consegue.
Ai eu pensei... FODEU! O pessoal me indicou um caminho para voltar para rodovia mais rápido (vai 3 as direita, mais 7 a esquerda, mais 5 a direita e segue reto), nem precisa falar que não deu certo..
Amarelo - Fazendas saída de mateiros
Vermelho -Estrada asfalto Esburacado
Azul - onde me perdi seguindo o GPS
Tentamos seguir as orientações e mais uma aventura, todos os caminhos que levavam a rodovia encontrávamos uma grande plantação no caminho, depois de algumas tentativas, e muito tempo perdido encontramos uma “rua” que parecia sair na rodovia, seguimos e para nossa salvação lá no final estava a rodovia... uhuuuuuuu mas chegando no final da “rua” existia uma vala de cerca de 1,5 m de profundidade aberta por trator onde impedia o acesso.... eu fiquei de muito chateado mas nessa altura eu já estava disposto a pegar a pá que tínhamos no teto e tampar a vala na raça mesmo...
Eu passaria por ali de qualquer maneira...
Foi então que minha esposa disse, tem um caminho de moto dando a volta, o jipe passa?? Ai eu fui ver, ja estava tão abalado que eu nem lembro o que eu vi, voltei para o jipe e disse... Passa tranquilo... vamos por ali.
Enfiei o jipe pelo mato, fui derrubando a vegetação, contornando e passamos a cratera... putz a alegria foi grande, muito grande...
Estava livre e novamente na rota para Bom Jesus.
Depois disso tocamos em frente pela rodovia esburacada e chegamos em Bom Jesus para o merecido descanso, foram 500 km em 8:30h de estrada, buracos e aventura.
Depois do descanso merecido e muitas risadas da nossa aventura saímos cedo no dia seguinte.
Nosso cedo é sempre as 8:00, se é uma viagem de férias tem que ser tranquilo sem stress e para ser assim não da para acordar as 6:00 da manhã. Sempre tomamos um bom café da manhã no hotel e saímos.
Falar em café da manhã, em todas as paradas e hotéis depois que saímos do Rio Quente eu nunca mais consegui tomar um café expresso, simplesmente não existe...rs
Saindo de Bom Jesus a próxima parada seria Teresina-PI, 750 km pelo google, só de estrada sem aventuras.
Apesar das rodovias estarem em condições de razoáveis para boa, o problema eram os animais soltos na pista.
Quando um motorista no sentido contrário dava sinal luz alta eu imaginava, polícia rodoviária, mas era sempre Jegue solto na pista. No percurso existem muitos povoados na beira da rodovia e todos criam os animais soltos, sem cercas ou porteiras, tudo solto, jegue, cabrito, boi, vaca, porco tem de tudo.
Alem dos animais tinha outro problema que gerou um pouco de sofrimento, a largura da faixa de rolamento, mal cabia um caminhão, era perigoso colocar o nariz para fora da faixa para ver ser se era possível a ultrapassagem, isso foi meio tenso, eu fui bem tranquilo, sem pressa, cheguei a rodar quilômetros atras de um caminhão, muita prudencia e calma.
Como não fiz uma programação com postos de combustíveis devido ao tamanho do tanque 70 litros, sempre que o tanque estava chegando a ¼” e passávamos em uma cidade um pouco maior eu abastecia e assim foi em toda a viagem, não tivemos problemas nessa questão.
Chegando em Teresina ficamos no hotel Blue Tree Trower Rio Poty, fizemos questão de um bom hotel para descansar bem, pq no dia seguinte era o trecho final até Barreirinhas e pelo mapa não ficou bem claro o caminho se era terra, areia ou asfalto então esperávamos por mais uma aventura.
Em Teresinha foi tranquilo, chegamos por volta das 16:00 hs descarreguei tudo rapidinho e corri para um Lava Rápido, lavagem completa... o ultimo cliente com um Jipe cheio de barro e areia, imagina a felicidade da molecada, tive que dar uma boa caixinha...rs
Outro coisa que necessitou um bom preparo físico foi viajar com 4 malas em um Troller, foi um tal de coloca mala do teto e tira mala do teto que ficava com vontade de chorar, no inicio levava uma eternidade, depois de alguns poe e tira ja estava ficando craque nesse quesito, nos hotéis de ficaríamos por uma noite sempre perguntamos se existia garagem fechada, para não ficar carregando tudo, no dia anterior ja deixávamos uma mala meio coringa com kit básico de todos para não ter que remexer em tudo, mas sempre faltava alguma coisa, que para variar estava na mala dentro do saco no teto do jipe...
A ultima perna até Barreirinhas é imaginamos rodar uns 450 km, como sempre tomamos um belo café ( o melhor de toda viajem) e saímos por volta das 9:00, sem pressa.
O Waze funciona bem em Teresina e fomos nos guiando por ele no início. Existe dois caminhos para Barreirinhas o que vai somente pela rodovia que é mais longo e existe o que entra por Paulino Neves que é mais curto mas tem que passar pelas dunas, adivinha qual optamos??? Claro o com emoção!
Passamos pela balsa que divide Piauí / Maranhão, fio um passeio bacana, em alguns momentos nos perdemos um pouco, normal.. rs. Aqui a balsa que cruza o Rio Parnaíba.
Depois a estrada no mesmo padrão, muitos animais e um pouco de caminhões, porem quando saímos das rodovias principais e seguimos pelas secundárias por incrível que pareça a viajem ficou bem mais tranquila, sem caminhões o asfalto muito bom e bem tranquilo.
Passamos por Tutóia onde abasteci e já fomos convidados para um encontro de jiperios, o pessoal bem bacana, aparece um jipe já vem perguntar de onde vem para onde vai e etc.. a placa de longe tambem chama atenção, escutamos bastante.. “caraca você rodou heim”....
Depois de alguns km adiante chegamos em Paulino Neves, última cidade antes de Barreirinhas, isso ja eram 16:00 hs.
Paulino neves é pequeno e seguimos o fluxo passamos a ponte, para variar meio perdidos.
E estávamos já bem próximo da "trilha" para Paulino Neves então resolvemos perguntar para molecada que estava na praça. Ai começaram as ofertas de guias para o percurso, o pessoal começou a falar que era complicado, que sem guia não tinha como, íamos nos perder e etc.. Preço do guia R$ 100,00 e ele teria que ir pendurado no jipe pq não tinha espaço dentro.
Não teve negociação, o preço era aquele e ponto final, foi então que tive uma ideia, perguntei onde havia sinal de internet, ele me indicou próximo a secretaria de turismo, tem wifi livre. Encostei o jipe e baixei o percurso no wikiloc pelo celular e resolvemos seguir a rota, sem guia mesmo, com a cara e a coragem.... e claro um jipe, guincho, pá e etc.
Seguimos a rota demarcada no celular, foi meio tenso, nunca havia dirigido em dunas assim, no máximo uma brincadeira na Ilha Comprida mas não se comprara, então fiquei bem nervoso, trecho de 33 km, o tempo ia passando ja era fim de tarde, esta ficando escuro então aceleramos um pouco para não ficarmos sozinhos a noite nas dunas... tenso, existiam marcas de pneus na areia mas como ventava muito logo se apagavam.
Pegamos um grande trecho de areia fofa, muito fofa, o jipe pesado deu trabalho para passar, faltou um pouco de experiencia na areia também, esse percurso é rota de um transporte em caminhonetes que fazem Barreirinhas / paulino neves frequentemente, mas eu não sabia disso, e como ja era fim de tarde acho que a ultima ja havia passado, ou seja estávamos sozinhos.
As caminhonetes fazem uns buracos na areia fora, o jipe balançava muito, a juju teve que se segurar...rs
Mas finalmente depois um pouco de nervosismo vem a alegria estávamos em Barreirinhas, talvez se estivéssemos em 2 ou 3 veículos fosse mais tranquilo, mas sozinho, com criança pequena, areia fofa, escurecendo, trilha desconhecida, a minha percepção é que estávamos em uma grande aventura.
No mesmo dia a noite fomos jantar no centro, tem praticamente uma rua onde ficam os restaurantes na beira do Rio Preguiças, tínhamos 4 noites aqui.
No dia seguinte fizemos um passeio de Barco saindo do próprio hotel, um passeio de zequinha era o que eu estava precisando, mesmo que seja de barco....rs Visitamos uma ilha que tem uns macaquinhos depois o mirante onde tem uma base da marinha, passeio bacana.
O passeio para os lençóis custava cerca de 80,00 por pessoa e iriamos na Hilux da agencia. Mas não era isso que queríamos, o negócio era ir de Troller mesmo, mas para um passeio deste não dava para baixar uma mapa e sair seguindo o caminho.
Os caminhos nos Lençóis mudam muito da época de chuvas para a época de secam que era no nosso caso. Foi então que o guia do hotel gente finíssima indicou uma amigo, que era guia também e tinha a Hilux, em Barreirinhas todos que fazem passeios tem Hilux, o modelo antigo quadradinha, o modelo novo dizem que não aguenta o tranco.
O guia cobrou 100 ou 150 para ir de zeca conosco e vou te falar que foi a melhor coisa que fizemos.
Pela manhã fomos fazer um boia cross, bem suave, preço no hotel 60,00 por pessoa, preço no indo com nosso carro, R$2,00/ pessoa se quiser um guia para descer o rio junto sai por R$10,00 o guia. Ou seja gastamos 3 boias e + o guia R$16,00. Nosso guia do jipe te deixa na parte alta e te espera na parte baixa final do passeio...
TODOS PERCURSOS ESTÃO LÁ NO WIKILOC
Depois seguimos para o passeio nos Lençóis, o próprio guia já encomendou nosso almoço em um restaurante em Atins, tudo feito na hora, só tínhamos nós, foi bem bacana, finalizamos os passeio nas dunas onde apreciamos o por do sol.
Praia de Atins - MA
Restaurante em Atins
Só faltou os Lençóis propriamente pq como era época de seca tinha bem pouca água, quase nada, isso foi uma pena.
Depois voltamos par o hotel, no dia seguinte descansamos e já estávamos prontos para a próxima aventura, Jericoacoara, para variar também não íamos chegar pelo caminho tradicional o plano é chegar pela areia da praia.