
Expedição 2016 - Rio de Janeiro ao
Jalapão de Troller
Por Marcus Castelan
Informações para quem deseja realizar uma viagem de carro pelo interior do Brasil, indo até o Jalapão (TO), com dados técnicos, roteiros, dicas, estatísticas, custos etc., para auxiliar no planejamento e decisão de se lançar nessa aventura.
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Números da expedição
14 dias viajando.
Deslocamento, pedágios e combustível:
4.676 Km percorridos.
645 Litros de diesel S10 consumidos.
7,24 Km/L foi o consumo médio total do motor Duratorq 3.2.
2.129,60 Reais gastos com combustível.
184,30 Reais gastos com pedágios.
Preços:
Praticamente em todos os lugares que visitamos o preço cobrado foi de R$10,00 por pessoa.
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Integrantes - Cuidados e documentação
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Entre o final de 2013 e o início de 2014, realizamos uma expedição que durou 32 dias.
Rodamos 15.084 km, quando partimos do Rio de Janeiro e seguimos até Ushuaia, na Patagônia Argentina, e retornamos ao Rio de Janeiro.
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Desde então, não conseguimos mais conciliar as férias escolares dos nossos filhos com as nossas e o tempo foi passando. Com isso, a vontade de realizar outra expedição desse tipo só aumentou.
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Diante dessa situação, decidimos ir mesmo sem as crianças para um lugar mais perto, porém, sem abrir mão do espírito de aventura e do contato com a natureza.
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Destino definido, datas estabelecidas, planejamento realizado, aí foi só por tudo em prática e curtir a expedição.
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Como nessa expedição viajamos somente dentro do Brasil, os documentos necessários foram:
- Identidade;
- Habilitação válida;
- Carteira do plano de saúde.
Além dos documentos obrigatórios, levamos:
- Remédios de uso contínuo;
- Remédios para gripe, febre, diarreia, dor de cabeça, descongestionante etc.;
- Colírio;
- Repelente;
- Óculos de sol;
- Filtro solar;
- Hidratante;
- Papel higiênico;
- Chapéu e boné;
- Bandeira do Fluminense para as fotos.
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O Ministério da Saúde recomenda a vacina da Febre Amarela para frequentadores e residentes de região de mata, logo, por segurança é importante prestar atenção para esse aviso.
O Carro - Cuidados e dicas importantes:
Dessa vez, nosso Troller é um modelo 3.2 2016, amarelo. Ele é o nosso companheiro atual e inseparável do dia a dia, trilhas, rallies, viagens e expedições.

Diferente da revisão feita no Troller, quanto realizamos a expedição Rio-Ushuaia, no final de 2013, dessa vez nossa atenção especial foi com a substituição das mangueiras do intercooler por outras mais resistentes, pois sabemos do histórico de rompimento desses mangotes devido a alta pressão gerada pela turbina do motor Duratorq 3.2L.
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Além da revisão do veículo, a documentação e seguro, obviamente, devem estar em dia para evitar aborrecimentos na viagem.
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Itens importantes que não devem ser esquecidos:
- 1 Kit de primeiros socorros;
- 1 Cinta para reboque, corda ou cambão com manilhas para ancoragem;
- Adesivo para conter trincas no pára-brisa;
- Cópia da chave do carro;
- GPS atualizado com o mapa do Brasil;
- Carregador veicular para celular, GPS e outros dispositivos, com saída USB;
- Conjunto mínimo de ferramentas;
- Fita Silver tape;
- Arame;
- Fita hellerman;
- Galão extra de combustível (20L) para o caso de não achar diesel S10.
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Os mapas para o GPS (Garmin) foram obtidos no site www.tracksource.org.br.
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Roteiro e Hospedagem
Partimos no domingo, dia 30/10/2016, e, sem pressa, nos deslocamos até Paracatu (MG), distante 933 Km do Rio de Janeiro.
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No dia 31/10/2016, rodamos mais 439 Km e chegamos em Alto Paraíso de Goiás (GO), cidade mística, conhecida pela fama de visualizar extra terrestres, onde iniciou realmente nossa diversão.
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A partir daí, foram 12 dias de viagem rodando pelo interior do Brasil.
Abaixo, a relação de hotéis e pousadas que utilizamos em nossa expedição.
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Dia 30/10/2016 - PARACATU (MG)
www.hotelparacatuplaza.com.br
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Dia 31/10/2016 - ALTO PARAÍSO DE GOIAS (GO)
www.pousadacamelot.com.br
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Dia 02/11/2016 - PONTE ALTA DO TOCANTINS (TO)
www.aguasdojalapao.com.br
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Dia 03/11/2016 - MATEIROS (TO)
www.pousadasantahelenajalapao.com.br
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Dia 06/11/2016 - SÃO JORGE (TO)
www.pousadacristaldaterra.com.br
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Dia 09/11/2016 - PIRENOPOLIS (GO)
www.hotelpousadamandala.com.br
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Dia 11/11/2016 - CONSELHEIRO LAFAIETE (MG)
www.minasplatinum.com

1º Dia - Deslocamento do Rio de Janeiro (RJ) até Paracatu (MG)
Tanque cheio, malas prontas, lanches preparados, tudo conferido e rechecado, partimos do Rio de Janeiro rumo a Paracatu-MG, distante 933 km, nossa primeira parada nessa expedição.


Marcus - Roberta
A estrada (BR-040) está em ótimas condições e não enfrentamos trânsito, o que favoreceu muito o tempo de nossa viagem, principalmente no anel rodoviário que contorna Belo Horizonte, onde, normalmente, os pesados engarrafamentos são uma constante.
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Ali, o problema foi a imensa quantidade de radares de 70 km/h que te obrigam a reduzir a velocidade a cada 500 metros. Se não tomar muito cuidado poderá retornar pra casa com um bloco de multas para pagar e uma centena de pontos na habilitação.
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A quantidade de pedágios, com valor de R$ 4,80 também é significativa, porém, a estrada está duplicada em vários pontos e o apoio da Concessionária Via 040 aos motoristas estava presente e operacional, tanto nas bases quanto circulando pela rodovia.
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Infelizmente, o mesmo não podemos falar do policiamento, pois diversas bases da PRF estavam fechadas ou abandonadas com diversas pichações.
Chegamos em Paracatu-MG por volta das 20:00h e ficamos hospedados no Paracatu Plaza Hotel, às margens da rodovia BR-040. Esse hotel, aparentemente, é novo e o valor da diária bem convidativa.
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Nossa próxima parada é Alto Paraíso de Goiás - GO.
2 º Dia - Deslocamento de Paracatu (MG) até Alto Paraíso de Goiás (GO)
Partimos rumo a Alto Paraíso de Goiás - GO após uma merecida noite de descanso.
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Novamente, a rodovia estava com um tráfego bem pequeno e não tivemos problema algum até sair da BR-040, para evitar passar por Brasília - DF, e entrar na GO-436.
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Aí, a brincadeira ficou diferente pois, devido ao grande número de "crateras" na via, a velocidade caiu para perto de 20 km/h.

Superada essa parte, a estrada voltou a ficar muito boa e retomamos o ritmo da viagem com segurança.
Chegamos em Alto Paraíso de Goiás por volta das 15:00h.
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A cidade é conhecida, além de suas belezas naturais, pelo contato com discos voadores. Até o pórtico de entrada da cidade faz referência eles.
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Ficamos hospedados na pousada Camelot, uma espécie de hotel com decoração medieval bastante confortável.




A cidade de Alto Paraíso de Goiás mistura o presente e o passado. Ao mesmo tempo que existe, por exemplo, uma loja de vinho super moderna e muito bem projetada internamente, com luzes e móveis estilizados, temos também lojas que vendem cristais e supermercados que ficaram paradas no tempo.
Aqui, para quem gosta da curtir a natureza é o lugar certo. Exitem várias cachoeiras e parques para explorar.
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Para aproveitar o resto do dia, assim que guardamos a bagagem no chalé, fomos conhecer o Vale da Lua. A entrada no local custa R$10,00 por pessoa.
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O Vale da Lua é uma sequência de corredeiras e estruturas tipo caldeirões presentes ao longo do leito do Ribeirão São Miguel, um afluente do rio Tocantizinho.
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A imagem impressiona pela beleza natural e, além de proporcionar piscinas naturais aos visitantes, também fornece um belo cenário para fotos.





3º Dia - Alto Paraíso de Goiás (GO)
O dia amanheceu nublado e ventando, o que não favorecia a ida às cachoeiras logo pela manhã. Então, optamos por andar a pé pela cidade e comprar algumas lembranças para a família.
Aqui, o forte é o cristal e não faltam lojas vendendo todo tipo de pedra, apesar delas não serem extraídas nessa região.
Elas chegam de outras cidades tipo Cristalina - GO, onde a extração é permitida.
Porém, estar em Alto Paraíso de Goiás e não ir nas cachoeiras é como visitar o Rio de Janeiro e não conhecer o Cristo Redentor.
O tempo começou a esquentar e depois das compras, pegamos nosso jipe e fomos conhecer as cachoeiras de São Bento e Almécegas II (exitem a I, II e III).
Como esses lugares normalmente estão dentro de propriedades particulares, sempre é cobrada uma taxa para poder ter acesso a esses locais.
O preço para ir só na cachoeira de São Bento é R$ 10,00 por pessoa. Para ir na cachoeira de São Bento e Almécegas I, II e III é R$ 30,00 por pessoa. Nada exorbitante.




Um banho de cachoeira para reenergizar o corpo todos deveriam experimentar, pelo menos uma vez na vida !
A essa altura a fome já estava forte. Fomos almoçar no Rancho do Waldomiro, (estrada GO-239 - aproximadamente 10km da cidade), um restaurante bem rústico e que serve uma comida diferente e típica do local: a Matula. Além de uma cerveja geladíssima. RECOMENDO !!!!!
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Fechamos o dia assim.


CONTINUA.......