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Expedição 2013 / 2014 

Rio de Janeiro a Ushuaia

Por Marcus Castelan

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Dia 12 - Curtindo a cidade de Ushuaia

Nosso primeiro dia em Ushuaia não poderia começar sem a foto abaixo, tirada no local mais emblemático da Cidade.

Com a nossa família reunida e com as bandeiras do Brasil e do Fluminense em frente a conhecida placa que contém a seguinte inscrição: "USHUAIA fin del mundo", fizemos o registro mais importante da viagem.

 

Cumprida essa etapa, fomos conhecer o canal de Beagle a bordo de um dos catamarãs que fazem passeios turísticos no local.

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Curtindo a cidade de Ushuaia

Esse canal, com 240 Km de comprimento e 5 Km de largura na sua parte mais estreita, é uma divisa natural entre a Argentina e o Chile e seu nome foi originado do navio britânico HMS Beagle, que integrou duas missões na América do Sul, no início do século XIX. 

 

A segunda e mais famosa missão do HMS Beagle, comandada pelo capitão FitzRoy, levou a bordo o naturalista britânico Charles Darwin.

 

Navegando por esse estreito foi possível ver o Farol do Fim do Mundo, as ilhas que abrigam diversas aves e leões marinhos e a cidade de Ushuaia, com suas montanhas ainda parcialmente cobertas de neve apesar de estarmos no verão.

Curtindo a cidade de Ushuaia canal de beagle
Curtindo a cidade de Ushuaia canal de beagle

Quando retornamos do passeio, passamos no centro turístico e carimbamos nossos passaportes com o selo da cidade. 
Existem 4 tipos de carimbos para escolher e é a única coisa grátis que existe no fim do mundo.

A cidade é repleta de lojas e restaurantes e estava bem cheia de turistas, provavelmente por ser a semana do natal.
Nosso primeiro almoço também foi especial. Aproveitamos para experimentar pratos típicos da região e que não encontramos facilmente no Brasil.

A Roberta degustou a merluza negra e eu não deixei por menos, comi centolla, o caranguejo gigante, servido na própria carapaça do crustáceo.

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Para quem não sabe, Ushuaia cresceu, ao longo da primeira metade do século XX, em torno de um presídio, cuja construção começou em 1902 e foi ampliado várias vezes nas décadas seguintes. 

Em 1947 o presídio foi fechado e, atualmente, suas galerias abrigam um conglomerado de museus que atuam em conjunto, integrado pelo Museu Marítimo de Ushuaia, o Museu do Presídio de Ushuaia, o Museu Antártico, uma galeria de arte e uma biblioteca.

Um de seus pavilhões é mantido original e, ao ser visitado, nos remete à época em que havia ali presos recebidos de toda a Argentina.

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Saímos do museu e fomos andar pela cidade para comprar os presentes do amigo oculto das crianças e do inimigo oculto dos adultos. Afinal de contas é a semana do natal e essa noite também existe no fim do mundo.

Como os pesos que compramos no dia 16/12/2013 já estava acabando, aproveitamos também para trocar alguns dólares por pesos. 

Procurando bem, conseguimos achar uma loja de bolsas numa galeria onde o dono fez U$1,00 a $8,50. Nos hotéis e casas oficiais de câmbio eles estavam pagando $6,00 por cada dólar.

Como ninguém é de ferro, ao chegar no hotel, aproveitamos para comer outra iguaria do local, o cordeiro da patagônia.

 

Fechamos esse dia com a foto abaixo, tirada às 23:30h, do anoitecer em Ushuaia.

Curtindo a cidade de Ushuaia por do sol 23:30

Dia 13 - Natal em Ushuaia

Nessa manhã estávamos torcendo para nevar, pois, passar o natal com neve, seria uma novidade bem legal para todos nós.

 

O frio e o vento davam esperanças que seria possível o sonho acontecer e todos ficaram na expectativa.
 

Enquanto isso, fomos conhecer o Parque Nacional Terra do Fogo. Lá visitamos o Trem do Fim do Mundo ou Trem dos Presos.

 

Esse trem começou a circular em 1909, sendo utilizado pelos presos para buscar madeira nos bosques que hoje fazem parte do Parque Nacional. Em 1952, ele foi desativado e voltou a operar, como um trem turístico, em 1994.

O Parque Nacional da Terra do Fogo foi criado em 1960 e é um parque com costa marinha, ou seja, tem o Canal de Beagle como um de seus limites.

 

Dentro do parque termina a estrada conhecida como Ruta 3. Esse é o ponto mais próximo da Antártida que se pode chegar por via terrestre.

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Avistamos a Bahia Lapataia de um mirante e andamos por uma das trilhas existentes no parque antes de retornar à cidade.

Fomos almoçar um prato conhecido como cordeiro fueguino a la cruz, num centro de inverno chamado Villa Las Cotorras, que fica na Ruta 3, a 25 Km do centro da cidade e a 500 metros do complexo Cerro Castor.

Uma coisa peculiar do lugar é um café chamado Café de La Montana ou Café del Mono. Ele é feito com uma série de ingredientes, inclusive uma brasa de carvão e seu sabor, obviamente, é muito diferente.

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Esse café delicioso é mantido bem quente dentro de um bule, cuja aparência não é das melhores, próximo às brasas de uma espécie de lareira que serve para aquecer o ambiente no centro do restaurante.

Nesse local também existem muitos huskys siberianos que, no inverno, fazem passeios puxando trenós com os turistas.

Quando retornávamos para a cidade a temperatura tinha caído muito e o que todos esperavam aconteceu. A neve nos presenteou na Ruta 3 e paramos para ver.

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Seguimos então para o Cerro Martial, uma montanha a 7 Km do centro de Ushuaia que, no inverno, é uma estação de esqui com uma única pista. Lá há um aerossila (teleférico) e uma casa de chá chamada La Cabana - Casa de Té. 

Enquanto as mulheres se aqueciam e lanchavam, eu e as crianças subimos a montanha para curtir a nevasca que estava acontecendo.

Como era dia de natal, o teleférico estava fechado. Então, depois de 1 hora e 20 minutos de caminhada morro acima curtindo a neve que não parava de cair, chegamos na parte alta onde havia muita neve acumulada.

Ali, as brincadeiras de guerra de neve e construção de bonecos de neve começaram e o natal não poderia ser mais original.

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À noite, a ceia de natal foi um sucesso. O amigo oculto das crianças e o inimigo oculto do adultos, com um roubando o presente do outro, encerrou esse dia incrível que tivemos.

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Dia 14 - Último dia em Ushuaia

Nessa altura da viagem já estávamos ficando sem roupa limpa para usar. 

Uma dica prática e barata é lavar a roupa suja no próprio quarto, utilizando a banheira e aqueles shampoos que o hotel disponibiliza diariamente como sabão.

Se no banheiro do quarto tiver uma hidromassagem, aí a banheira vira uma verdadeira máquina de lavar.

Como o clima e muito seco, basta colocar a roupa lavada sobre os aquecedores que fazem a calefação do quarto e, pouco tempo depois, ela já está seca.


Roupa lavada e "na corda" para secar, aproveitamos para andar mais um pouco pela Cidade e garantir que tínhamos conhecido tudo que era possível no Fim do Mundo.

A temperatura estava muito baixa, porém, não era suficiente para impedir que a cidade continuasse cheia e com as lojas abertas.

Foi um dia bem light. Aproveitamos para tirar mais algumas fotos de recordação dessa Cidade que, com certeza, marcou nossas vidas e ficará para sempre em nossa memória.

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Adeus Ushuaia ! Foi muito bom ter estado aqui, mas agora está na hora de começar a retornar, porém, por outro caminho. 

Vamos deixar de lado a Ruta 3 e começar a trilhar a Ruta 40.

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